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Tratamento
Psicológico

O acompanhamento psicológico para a pessoa com hemofilia é de grande importância, pois cria-se uma relação de confiança que garante abordar todas as preocupações do paciente e levá-lo a ser protagonista de sua própria história. O tratamento psicológico é uma parte muito importante dos cuidados para as pessoas com coagulopatias e consiste, basicamente, em duas intervenções: a psico-educação e a psicoterapia breve.

Gabinete do psicólogo

A psicoeducação visa fortalecer as funções adaptativas do ego (controle motor, a percepção sensorial, as lembranças, os sentimentos e os pensamentos) ensinando, esclarecendo e explicando ao paciente a etiologia (origem), os tratamentos e manejo dos sintomas na hemofilia. O objetivo é trabalhar com os sentimentos, ideias e comportamentos para auxiliar a pessoa com hemofilia a aceitar com mais facilidade o distúrbio genético e sentir-se motivado a participar ativamente no tratamento, de modo a ser um protagonista da sua própria história, aderindo ao tratamento e compreendendo que sua maneira de lidar com sua condição muda sua inserção social e seu contexto geral.

Por meio dessa intervenção, o terapeuta explica, tira as dúvidas e ajuda o paciente a entender a hemofilia de uma maneira simples! E isso pode ser feito com crianças, adolescentes e também adultos, uma vez que cada fase do desenvolvimento tem um tipo de linguagem, uma forma de se expressar e de entender as questões da vida. A psicoeducação também é usada principalmente para dar suporte e bem-estar a todos àqueles que convivem com o paciente.

Por sua vez, a psicoterapia breve dura, em média, entre de três meses a um ano. Esta duração depende dos objetivos a serem alcançados, que são colocados de comum acordo pelo paciente e pelo terapeuta. Geralmente, as sessões são semanais, mas podem ser quinzenais dependendo das circunstâncias.

A psicoterapia é indicada para as pessoas que apresentam dificuldades escolares, familiares, no trabalho ou de inserção social.

Em geral, a terapia é individual e, com as crianças, o profissional utiliza diversos recursos, como a conversa amena, a pintura, os desenhos, brincadeiras como o jogo da memória e o “faz de conta”. Os pais são chamados no começo e algumas vezes depois da sessão, com o objetivo de apresentar ideias para lidar da melhor forma possível com os problemas e/ou dificuldades do paciente.

A psicoterapia pode também ser indicada para algum membro da família da pessoa que tem hemofilia, como a mãe, pai, cônjuge, irmão ou outro que necessite de apoio psicológico. O objetivo também é o de desmistificar a coagulopatia, passar informações corretas e precisas sobre a etiologia da disfunção hemorrágica, trabalhar as fantasias, medos, sentimentos e  lidar com os comportamentos desta pessoa para que aceite o transtorno genético do familiar e aprenda a lidar com este de maneira saudável e bem adaptada.

Ademais, a psicoterapia colabora no autoconhecimento que visa melhorar a qualidade de vida do paciente e de toda sua família.

A coagulopatia pode trazer impactos negativos na vida do paciente e de sua família mas, se estes tiverem um apoio psicológico e contarem com o trabalho de uma equipe multiprofissional empenhada, podem transformar estas dificuldades em grandes oportunidades de aprendizagem, buscando recursos e trabalhando juntos para melhorar cada vez mais o tratamento, a sua vida pessoal e social.

 Para ter acesso ao tratamento de psicoterapia, informe se em seu Centro de Tratamento de Hemofilia. Caso este profissional não esteja disponível na equipe do CTH no qual você faz tratamento, peça um encaminhamento para um profissional que conheça a coagulopatia.

Elaboração e revisão técnica:  Frederica Cassis - psicóloga clínica, especializada em psicologia junguiana e hemofilia. Mestre em Comunicação e Semiótica. Atua no Hospital das Clínicas no Ambulatório de Hemofilia, em São Paulo, desde 1994. Desenvolveu HEMOACTION “brincar e aprender sobre a hemofilia”, um conjunto de cartões flash educacionais, que estão disponíveis em vários idiomas. Faz parte do Comitê de Psicologia da Federação Mundial de Hemofilia e é membro do CAT da FBH.

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25 associações

em atuação, distribuídas em todo o Brasil

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Comitê técnico

formado por profissionais 

especialistas renomados

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Atuação

junto a vários órgãos 

governamentais

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Auxílio no acesso

ao melhor tratamento à

coagulopatia

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